Sinditêxtil-SP discute engajamento profissional em reunião mensal

Na reunião mensal de Diretoria e Conselho Consultivo do Sinditêxtil-SP foi discutido o perfil do profissional do setor na sede do sindicato, na capital paulista, na quinta-feira (23).

O presidente Julio Scudeler conduziu o encontro em formato de almoço. “A ideia é bater um papo informal, tendo como pauta diversos assuntos importantes para a indústria têxtil”, afirmou Scudeler ao abrir as apresentações.

Na ocasião, Alexandre Ferreira, diretor Corporativo de Recursos Humanos da Vicunha Têxtil, abordou os impactos positivos das boas práticas de gestão de pessoas implementadas sob seu comando: o capital humano como condutor de produtividade e resultado da empresa.

“Muita gente pensa que o peso salarial é o definidor, e não é. Se pegarmos o recorte da América Latina, há dados bem assustadores. Temos 58% de uma população não engajada e 11% são os enquadrados como ativamente desengajados. Ou seja, quase 70% da força de trabalho não está engajada”, apontou Ferreira.

No Brasil, o percentual indicou 6% de mão de obra ativamente desengajada, segundo levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas) intitulado Engaja S/A. Já os desengajados somam 51%. Os números representam quase 60%.

Reversão – Um dos métodos aplicados para reverter esse cenário é elaborar rodas de conversas com funcionários de diversos setores para compreender as razões dessa falta de engajamento.

Outro é o efeito da entrada na geração Z (nascida entre 1997 e 2010) nas companhias. O Z vai embora. Silenciosamente, ele não vai trabalhar. Não explica a razão do absenteísmo.

Há ainda a comunicação pensada para nichos específicos, em vez do tradicional modelo de atingir todos os empregados de uma só vez eficaz até os anos 2000.

A deputada estadual Carla Morando (PSDB-SP) destacou a importância de aprofundar estudos sobre o comportamento da geração Z de modo a evitar a rotatividade no mercado de trabalho.

Ela reafirmou o papel da educação na formação profissional desse grupo.  “Essa falta de responsabilidade e essa falta de educação dentro de casa, que foi transferida para as escolas.”

Ao encerrar o debate, o presidente do Sinditêxtil-SP agradeceu a proeminência dos questionamentos e sugeriu uma nova rodada de conversa, pois o tema não se esgotou. “É uma reunião de troca de experiências, uma fonte para tomarmos decisões”.

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