Dia da Indústria: Sinditêxtil-SP participa de encontro promovido pela Fiesp
O Sinditêxtil-SP marcou presença no evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e pelo Senai-SP em comemoração ao Dia da Indústria. Realizado no dia 27 de maio no Teatro do Sesi-SP, o encontro reuniu especialistas, empresários e autoridades para discutir o futuro do capital humano no setor produtivo e os caminhos para a reindustrialização do Brasil.
O economista do Sinditêxtil-SP, Haroldo Silva, acompanhou os debates e destacou a importância de aproximar a indústria das novas gerações. “Os jovens priorizam hoje o ganho líquido imediato, muitas vezes na informalidade, em detrimento da estabilidade do emprego formal. Precisamos tornar nosso segmento mais atraente, combinando produtividade e melhoria na remuneração do trabalhador”, avaliou.
No discurso de encerramento, o presidente do Ciesp e presidente emérito do Sinditêxtil-SP, Rafael Cervone, reforçou a necessidade de atualização das leis trabalhistas para atender às transformações econômicas atuais. “A indústria deve ser protagonista do desenvolvimento sustentável, com políticas que favoreçam um ambiente de negócios mais dinâmico”, afirmou. Cervone destacou também que um parque fabril robusto é fundamental para gerar empregos de qualidade, inovação e progresso social.
Com o tema “A força que move a indústria: o futuro do capital humano no setor produtivo”, o evento reuniu quatro painéis que discutiram desde pesquisas recentes sobre o perfil do trabalhador até questões jurídicas e econômicas do emprego formal. Entre as principais conclusões, observou-se a redução do interesse dos jovens de até 24 anos por vagas formais na indústria, além da equiparação entre os salários iniciais desse setor e os do setor de serviços. Também foi registrado o crescimento da informalidade, cujos rendimentos médios avançam em ritmo mais acelerado que os do mercado formal.
A programação incluiu o economista alemão Werner Eichhorst, do Instituto de Economia do Trabalho (IZA), que apresentou experiências internacionais sobre políticas de mercado de trabalho. Sua participação trouxe comparações entre diferentes contextos e indicou tendências para o setor.



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