Rhodia completa 80 anos em Paulínia (SP) e investe em química sustentável
Prestes a completar 80 anos de instalação em Paulínia (SP), em dezembro próximo, a Rhodia, empresa do Grupo Solvay, continua investindo em seu conjunto químico ali instalado em projetos que combinam desenvolvimento industrial e sustentabilidade.
Os investimentos no conjunto químico de Paulínia, que em 2022 devem somar cerca de R$ 135 milhões, são direcionados a projetos que envolvem novas tecnologias, processos e produtos para aumentar a competitividade da empresa, alinhada aos objetivos de avanço em sustentabilidade, de acordo com as metas ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança) estabelecidas pelo Grupo Solvay.
“Temos muitas ambições de crescimento e vamos continuar aplicando a receita que usamos para fazer com que a Rhodia, em Paulínia, chegasse aos 80 anos como um dos maiores complexos industriais do Grupo Solvay no mundo, como uma referência em ESG e como uma estrela que faz brilhar cada vez mais forte a química verde. Nossa receita inclui investimentos constantes, muita inovação tanto em produtos como em processos, práticas de sustentabilidade avaliadas internacionalmente, uma profunda relação com os nossos clientes e demais parceiros e com as comunidades”, afirma Daniela Manique, presidente do Grupo Solvay na América Latina.
Investimentos – Entre os projetos desenvolvidos pela Rhodia em Paulínia destaca-se em 2022 a ampliação de produção de HGL – Hexilenoglicol, um produto amplamente utilizado como agente umectante e emulsificante nas formulações de segmentos de skin care e cosméticos, sendo indicado para água micelar, óleo corporal, hidratantes e maquiagem, e para hair care em formulações de xampus, colorantes, condicionadores e tônicos capilares.
Paulínia (SP) – Rhodia aumenta produção de HGL – Hexilenoglicol
Com essa expansão, na qual estão sendo investidos R$ 27 milhões, a empresa consolida sua liderança mundial no fornecimento desse solvente que inclusive está sendo utilizado em produtos veganos, a partir do registro na Vegan Society – a mais antiga e respeitada instituição vegana do mundo. A Rhodia é o único produtor de HGL no mundo que possui esse registro, o que é uma diferenciação importante no mercado, porque mostra aos clientes o compromisso com o oferecimento de soluções alinhadas a esse novo estilo de vida.
Ao longo dos últimos três anos, mesmo em um cenário de pandemia que afetou muitas atividades industriais, a Rhodia fez diversos investimentos em aumento de capacidade para atender aos seus clientes. Em 2019, antes da pandemia, foi expandida a planta industrial de acetato de butila e nos dois anos seguintes foram realizados desgargalamentos de diversas instalações.
Ao mesmo tempo, a empresa está desenvolvendo novas moléculas que substituem produtos importados e atendem a realidade do mercado regional, ou seja, soluções competitivas e de alto desempenho, sempre tendo os clientes como o foco central de cada um desses desenvolvimentos.
Inovações sustentáveis – Também faz parte da estratégia de crescimento da Rhodia o desenvolvimento de produtos biorenováveis, biodegradáveis e de carbono neutro, aproveitando o potencial de pesquisa de inovações e do conjunto industrial da empresa em Paulínia, no Brasil, em linha com as metas de incremento de sustentabilidade do Grupo Solvay, seguindo o programa global Solvay One Planet.
“Temos uma série de produtos na linha dos renováveis que deveremos lançar a partir do próximo ano, para atender clientes dos diferentes mercados em que atuamos”, adianta Antonio Leite, Vice-Presidente Global de Fenol e Derivados, Solventes e Intermediários de Poliamida do Grupo Solvay.
Entre as novidades apresentadas em 2022 e que foram desenvolvidas a partir do Centro de Pesquisas e Inovação de Paulínia destacam-se produtos para o setor de tintas e revestimentos e para a indústria têxtil.
Na área de solventes para tintas, a empresa lançou o Solsys® Coat MA, uma nova molécula com alta performance de solubilização e elevada capacidade niveladora, que proporciona uma excelente formação de filme com ganho em produtividade a menor custo. É uma alternativa diferenciada para formulações de tintas industriais em geral, particularmente para os segmentos de Repintura Automotiva, OEM e de Madeiras.
Para a área têxtil, a principal novidade da Rhodia é o novo Amni® Soul Eco, a sua primeira fibra têxtil com decomposição acelerada em ambiente marinho. A nova poliamida têxtil, que será produzida na unidade industrial da empresa no Brasil, reduzirá os impactos nos oceanos em aproximadamente 40 vezes em relação à fibra tradicional. O desenvolvimento do novo produto segue a tendência global da crescente demanda e movimentação de mercado por mais produtos têxteis sustentáveis.
Ao longo dos últimos anos, a Rhodia desenvolveu uma série de inovações genuinamente brasileiras, aproveitando o potencial e a competência dos pesquisadores e cientistas que trabalham nos laboratórios da empresa no País. Essas inovações já estão incorporadas em uma ampla gama de produtos aplicados por indústrias de diferentes mercados, tais como automotivo, home e personal care, saúde, têxteis e tintas e vernizes, entre outros.
Indústria 4.0 – A Rhodia também desenvolve em seu conjunto industrial de Paulínia, onde são fabricados por cerca de 1,2 milhão de toneladas de diversos produtos químicos, uma série de projetos voltados à digitalização de suas operações, com adoção de processos e tecnologias ligadas à chamada indústria 4.0, com o uso, por exemplo, de inteligência artificial, robôs e drones, que incrementam a confiabilidade de suas atividades.
“Esses projetos e iniciativas têm ajudado a modernização das instalações e tornaram as nossas unidades industriais o estado da arte no setor químico, contribuindo para o aumento da competitividade da empresa”, diz Guilherme Faria Silva, diretor de Operações Industriais do Grupo Solvay.
Sustentabilidade e visão de futuro – Com vários projetos em desenvolvimento, a Rhodia de Paulínia segue marchando para o futuro inspirada pelo ambicioso propósito de ser referência em sustentabilidade e biodiversidade. No campo de emissões, em adição aos ganhos de sua unidade de abatimento de gases de efeito estufa, está em estudo a transição da matriz energética das caldeiras, substituindo o gás natural por fontes renováveis, como biomassa. Esse é o principal projeto para transformar o site, que hoje já abate 95% de suas emissões, em carbono neutro.
Em relação à captação de água, reduzir continua sendo a palavra de ordem no complexo industrial de Paulínia. Entre 2010 a 2021, o site diminuiu em 26% o volume captado. Agora, investe em um projeto para implantação de novos equipamentos de circuito fechado. Com conclusão prevista para 2023, ele contribuirá para uma redução de mais 10% aproximadamente. É importante destacar que, do total de volume de água captado, 92% são devolvidos para o rio após passar por tratamento. Os outros 8% evaporam e/ou são consumidos no processo produtivo.
Depois da conquista da certificação Gold do WHC, obtida em 2021, novos passos vêm sendo dados para avançar ainda mais em preservação da biodiversidade. Um deles foi a contratação, neste ano de 2022, de uma empresa especializada para realizar um novo e mais detalhado inventário das espécies que habitam o complexo da Rhodia em Paulínia, gerando informações valiosas para pautar outras iniciativas voltadas à sua preservação.
Outra frente igualmente relevante e alinhada com as tendências globais é a circularidade. Um exemplo é a cadeia de poliamida, que começa no site de Paulínia, onde é produzido o sal nylon, e segue na unidade de Santo André, onde essa matéria-prima é usada na produção dos polímeros e fios de poliamida. Em Santo André, os resíduos do processo industrial passam por reciclagem química e repolimerização, gerando polímeros reciclados que dão vida a novos produtos.
Em Paulínia, um projeto importante é o Aterro Zero, que, além dos benefícios ambientais, se alinha aos princípios da economia circular. O site tem continuamente minimizado a geração de resíduos. Os que são gerados passam pela Estação de Tratamento de Efluentes, que tem um nível de eficiência de 98%. Esse processo resulta em um lodo não tóxico, que hoje segue para aterro sanitário. O objetivo é zerar esse envio. Para isso, a Rhodia lançou um chamado de inovação aberta, em busca de soluções para uso desse lodo em aplicações como fabricação de tijolos ou em agricultura, por exemplo.
No campo da circularidade, outra oportunidade em foco é o uso de matérias-primas advindas da reciclagem de resíduos plásticos que poderão substituir parte das originadas diretamente do petróleo, ajudando a poupar recursos não renováveis.
Comunidades – Assim como tem assegurado uma saudável convivência entre indústria química e natureza, a empresa também cultiva com carinho o relacionamento com a comunidade vizinha, contribuindo para o seu desenvolvimento.
A Rhodia mantém em Paulínia programas diferenciados, como o de mentoria para trabalhos acadêmicos de jovens estudantes e o de atualização de professores de escolas técnicas da região. Ambos têm à frente profissionais da Rhodia que compartilham seus conhecimentos e experiências, marcando pontos para a qualidade da educação. Além disso, programas de visitas monitoradas, projetos culturais patrocinados pela empresa, doações e atividades do grupo de Voluntariado de Paulínia são outras ações por meio das quais nos engajamos na vida da comunidade.
E como parte das comemorações dos 80 anos da Rhodia em Paulínia está sendo lançado um novo projeto social: o laboratório Oficina dos Sonhos Rhodia, que oferece cursos gratuitos de marcenaria e design destinados a 80 jovens de 16 a 24 anos de idade de Paulínia e região. Nesse projeto, que se estenderá até março de 2023, é dada preferência para jovens de ambos os gêneros de famílias inscritas no CadÚnico e ou programas de transferência de renda. O projeto tem como missão transmitir conhecimento técnico com o objetivo de geração de emprego e renda para jovens e adultos, revelando novos talentos e atuando como uma incubadora de projetos de design inovadores para a indústria do setor de madeira.
“Há 80 anos, a Rhodia começou em Paulínia como uma fazenda para plantio de cana e fabricação de álcool para nossa fábrica de Santo André. Hoje é um terreno fértil onde se cultiva a química sustentável e uma harmoniosa convivência da indústria com a natureza”, completa Daniela Manique, presidente do Grupo Solvay na América Latina.
Perfil da Rhodia em Paulínia (SP) – A Rhodia em Paulínia (SP) completa 80 anos como um exemplo de como combinar desenvolvimento industrial com sustentabilidade. O que começou como uma fazenda, em 1942, para o plantio de cana-de-açúcar e produção de álcool tornou-se um dos maiores complexos químicos do Grupo Solvay no mundo e uma referência em preservação da biodiversidade, com iniciativas que lhe renderam a certificação de Conservação da Biodiversidade da Wildlife Habitat Council (WHC) na categoria Gold.
27 fábricas de produtos químicos destinados a indústrias como as de cuidados pessoais e com a casa, alimentos, tintas e vernizes, automóveis e vestuário, entre outras
1 unidade de abatimento de gases de efeito estufa que elimina por ano cerca de 4,5 milhões de toneladas de CO2 equivalente
1 Centro de Pesquisa e Inovação global
Produção anual de aproximadamente 1.200.000 toneladas/ano
Mais de 780 colaboradores
Apenas 15% da área total do complexo de 16 milhões de metros quadrados são ocupados pela parte industrial, incluindo áreas de trânsito, estruturas administrativas e sociais
Uma floresta com milhares de árvores de espécies nativas da Mata Atlântica plantadas e mantidas pela Rhodia
Uma fauna diversificada, incluindo pássaros, peixes, insetos polinizadores, répteis, anfíbios e vários mamíferos, como capivaras, macacos, onças e outras espécies
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