Intenção de Consumo das Famílias é a maior desde 2015
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aumentou 1,4% no mês de agosto, considerados os efeitos sazonais, e atingiu o maior patamar desde abril de 2015, quando havia alcançado 102,9 pontos.
Segurança no emprego também é a maior em oito anos
Ainda que os índices permaneçam abaixo dos 100 pontos, no quadrante negativo, a satisfação com o emprego atual tem fornecido maior segurança para compras a prazo. Cerca de 42,5% dos entrevistados afirmaram estar mais seguros em seus empregos, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a maior porcentagem desde março de 2015.
“Isso ocorre porque o mercado de trabalho continua registrando um aumento das contratações formais, mesmo que em menor intensidade do que no início do ano”, ressalta a economista da CNC responsável pela ICF, Izis Ferreira.
Otimismo vem da queda da inflação
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam uma inflação anual cerca de quatro vezes menor do que há um ano. “Essa queda, que vem superando as expectativas, contribuiu para aumentar a disposição dos consumidores para gastar”, analisa Izis Ferreira.
No entanto, a economista pondera que, mesmo com a desaceleração dos juros de mercado, o endividamento em níveis elevados ainda limita a capacidade de consumo e os benefícios do aumento da renda disponível. Como resultado, 40% dos consumidores disseram, em agosto, que estão comprando menos do que no mesmo período do ano passado.
Acesso ao crédito está melhorando
A pesquisa da CNC revelou ainda que aproximadamente 30 em cada 100 consumidores (28,5%) apontaram melhora do acesso ao crédito, um aumento de 1 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 4 pontos percentuais no comparativo com agosto de 2022.
Por outro lado, 36,9% dos entrevistados indicaram piora no acesso ao crédito, uma queda expressiva em relação aos 41,5% do mesmo período do ano passado. A expectativa de queda dos juros nos próximos meses e a redução da inadimplência tendem a contribuir para melhorar esse indicador.
Fonte: Investe SP
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