Estudo mostra perfil do consumidor de jeans no varejo de vestuário
O Brasil detém umas das principais cadeias produtivas do jeanswear no mundo: ampla, integrada e diversificada, devido à gama de grandes indústrias de fios, tecidos e acabamentos, qualificadas entre as mais modernas e competitivas do planeta. E com uma estrutura produtiva desta magnitude, a oferta de jeanswear no Brasil conta com um potencial ilimitado de crescimento que, em condições normais de mercado, está apta a suprir todos os anseios da moda e do consumo local. Prova disto, é que o jeans, sozinho, já responde por 11,3% do consumo de roupas no varejo nacional, tendo movimentado quase R$ 22 bilhões em 2020, mesmo com o mercado de moda sob os efeitos da pandemia.
Com uma demanda dessa importância e com mais de 100 mil empregos alocados na produção, a Vicunha, multinacional brasileira referência em soluções jeanswear, juntamente com a Tecnoblu, fabricante de etiquetas para a moda, encomendou ao IEMI Inteligência de Mercado, um estudo* exclusivo para descobrir o que pensam os brasileiros sobre o jeanswear. Dentre o público ouvido na pesquisa, estão dois grupos: os “amantes da moda”, que atuam como os grandes propagadores de tendências de consumo desse produto; e os jovens da Geração Z, acima de 16 anos, que irão compor a grande massa de consumidores nos próximos 10 anos.
O perfil médio dos consumidores de jeanswear é formado por mulheres, que representam 2/3 dos consumidores no Brasil (68% do total), de todas as camadas sociais. Além disso, são jovens: quase 90% delas têm até 45 anos de idade. “O consumo de jeanswear se distribui de maneira proporcional por todas as regiões do país, de acordo com a concentração da renda e da população local, demonstrando ser um produto cuja demanda se encontra disseminada por todo o território nacional e totalmente inserido no hábito dos consumidores brasileiros”, esclarece Marcelo Prado, sócio-diretor do IEMI.
Para o consumidor brasileiro de jeans, de forma geral, o tecido é um dos mais versáteis do guarda-roupa pois pode ser usado em diversos ambientes e ocasiões: desde momentos de lazer (42%), como em reuniões de família e encontro com os amigos, até em eventos esportivos (15%), passando, também, por ambientes profissionais (33%). Além disso, o que torna o jeans uma peça tão popular entre os brasileiros é o conforto que proporciona para o uso diário (56%), a versatilidade que possibilita o uso em diversos ambientes (45%) e o estilo múltiplo das peças (40%).
O consumo de jeanswear, em 2020, sob os efeitos da pandemia, acabou registrando uma queda de 13% em vendas nominais (sem descontar a inflação) em comparação ao ano anterior. Ainda assim, foi um bom resultado se comparado com o vestuário em geral, que encerrou o período com um resultado de vendas 17% menor do que o registrado em 2019. Neste ano (2020), o valor total das vendas de jeanswear no varejo apontou um consumo médio de R$ 103 por habitante, com cada comprador adquirindo, em média, 1,3 peças jeans por ano.
“A pandemia teve impacto direto na forma como os brasileiros consomem, inclusive no vestuário. Por ficarem mais tempo em casa e terem que controlar mais os gastos por conta das incertezas econômicas trazidas pela crise, as pessoas adaptaram costumes externos a uma rotina mais caseira. Neste cenário, o jeans aparece como uma solução versátil para todos para todas as ocasiões do dia do consumidor. Por isso, acreditamos que o item vai ser uma peça-chave na retomada do varejo de vestuário este ano”, completa Prado.
O jeanswear não costuma ser um produto para se dar de presente, e sim, um produto adquirido quase sempre para uso do próprio consumidor (92% dos casos), que o compra motivado, muitas vezes, apenas pela “vontade de se sentir bonito/a”, como afirmam 32% dos consumidores pesquisados, ou para se dar um presente (16%), sem estar vinculado necessariamente a alguma data do varejo. Ainda assim, 73% dos consumidores de vestuário, pretendem comprar ao menos uma peça de jeanswear na atual estação outono-inverno.
“O mercado jeanswear é um importante impulsionador da economia, gerando milhares de empregos e produzindo novas tecnologias que se aplicam a diversos segmentos. Além disso, o jeans, no guarda-roupas do brasileiro, se tornou a peça mais democrática, atendendo desde os consumidores mais jovens e descolados, até os mais maduros e tradicionais”, completa German Silva, diretor de Marketing e Vendas da Vicunha.
*A pesquisa ouviu 800 consumidores de moda, de todos os perfis (idade, gênero, poder de compra, amantes ou não de moda) e regiões do país.
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