A Sintequímica, de produtos químicos para a indústria têxtil, vem há alguns anos usando seus calendários anuais em tecido estampado para divulgar obras de arte que foram extremamente relevantes não só para o mundo das artes, mas principalmente para a formação do nosso mundo contemporâneo. Depois de Edgar Degas, Gustav Klimt, Leonardo da Vinci, Rafael, Mondrian, Van Gogh e Wassily Kandinsky, este ano a empresa traz  um dos mestres do pós impressionismo, Paul Signac, um dos precursores do pontilhismo.

“A arte do colorista tem de certa forma elementos de matemática e música”. Esta frase de Paul Signac representa  o trabalho do pintor, um verdadeiro cientista da cor, ponto de identificação com a Sintequímica, que tem nas tonalidades precisas sua base de trabalho.

A importância de Paul Signac para a história da arte não se restringe apenas à técnica do pontilhismo, mas também por ter auxiliado a iniciar um novo movimento artístico, o Neo-Impressionismo e ser um dos fundadores do Salão dos Independentes, exposições fora do alinhamento da Academia de Artes de Paris.

Signac nasceu em uma família de comerciantes parisienses em 1863 e seus pais logo mudaram para o bairro de Montmartre, o centro da arte em Paris, enquanto o modernismo estava se desenvolvendo. Cresceu com artes visuais, música, literatura e debates políticos literalmente, no jardim de casa. No mesmo ano de seu nascimento, Claude Monet, precursor do Impressionismo, abriu seu primeiro atelier em Paris. Aos 18 anos, Paul Signac estudava arquitetura e ao se deparar com a obra de Monet, que depois se tornaria seu amigo, decidiu que seu caminho seria pela pintura e artes visuais. Dois anos depois, passando suas primeiras férias na Normandia ele passou a pintar.

No entanto, o impressionismo durou pouco na vida de Signac. Aos 20 anos, conheceu o pintor George Seurat e, juntos, romperiam com o impressionismo e desenvolveriam um estilo próprio que ficou conhecido como Pontilhismo ou Divisionismo, que acabaria por ser a base do movimento Neo-Impressionista.

A técnica do pontilhismo era baseada em estudos de ótima e colorimetria e aplicava pequenos pontos de tinta coloridos na tela ao invés de pinceladas. A expectativa era que o olho humano, ou seja o cérebro, misturasse as cores primárias. O artista não iria mais misturar as cores na palheta e pincelar na tela. O olho humano deveria fazer isso e alcançar as cores propostas pelo artista.

Seu amigo Seurat, embora com uma extensa e importante obra pontilhista, faleceu jovem, aos 31 anos. Signac se casou e mudou-se para Saint Tropez, no litoral sul da França, onde viveu muitos anos e onde produziu seus mais importantes quadros. Ali ele pintou algumas de suas obras mais coloridas e celebradas, entre elas suas paisagens marinhas com barcos, sua segunda paixão.

Abaixo, algumas de suas mais lindas obras. Paul Signac faleceu há 90 anos, em 1935, aos 71 anos.  O calendário é a homenagem da Sintequímica à sua vida e obra.