Ipea divulga Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou uma alta de 2,1% na comparação entre novembro e outubro de 2021 na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel encerrado em novembro retraiu 0,7% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) cresceu 3,6% em novembro, as importações de bens industriais recuaram 3,8%.

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 1,2% contra novembro do ano passado. Com isso, o trimestre móvel apresentou uma queda de 2,5% em relação ao verificado no mesmo período de 2020. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda registrou crescimento de 7,9%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou uma alta de 5%.

Em relação às grandes categorias econômicas, o bom desempenho em novembro na comparação dessazonalizada foi bastante disseminado. Todos os segmentos apresentaram crescimento na margem, com exceção da demanda por bens de capital, que registrou uma queda de 0,7%. O destaque positivo ficou por conta do segmento de bens de consumo. Enquanto a demanda por bens de consumo duráveis avançou 4,6% na margem, o segmento bens de consumo semi e não duráveis cresceu 3,5%. Na comparação interanual, com exceção dos bens intermediários, que registraram alta de 0,4%, todos os demais segmentos caíram em relação ao patamar verificado em novembro de 2020.

Com relação às classes de produção, na comparação dessazonalizada, a demanda interna por bens da indústria de transformação também avançou, registrando uma alta de 1,3% sobre outubro. A extrativa mineral, por sua vez, cresceu 22,3% na margem, compensando a queda de 19,7% no período anterior.

Com base na análise setorial, oito segmentos avançaram, de um total de 22, aumentando o índice de difusão (que mede a porcentagem dos segmentos da indústria de transformação com aumento em comparação com o período anterior, após ajuste sazonal) para 36%, ante 27% de outubro. Entre aqueles com peso relevante, o destaque positivo ficou por conta dos segmentos vestuário e de veículos, com altas de 5% e 2,5% na margem, respectivamente.

Na comparação interanual, seis segmentos registraram crescimento em novembro ante o mesmo período de 2020. Entre os relevantes, farmoquímicos e outros equipamentos de transporte foram os destaques positivos, com altas de 24,3% e 23,4%, respectivamente. Por fim, em relação ao resultado acumulado em doze meses, com exceção do segmento de alimentos, todos os demais apresentaram variação positiva, entre eles o de metalurgia, com alta de 26,9%.

Clique aqui para acessar a íntegra do documento, com as respectivas planilhas e gráficos.

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