São Paulo: mercados ilícitos movimentam mais de R$ 23 bi

A FIESP realizou, no dia 13 de setembro, o Seminário de Lançamento do Anuário de Mercados Ilícitos 2023 que movimentaram mais de R$23 bilhões no ano passado. Com isso, deixaram de ser criados 170 mil empregos, o que significa que não foram pagos R$5,76 bilhões em salários; R$5,77 bilhões em impostos federais não arrecadados e outros R$5,78 bilhões em impostos estaduais.

Os mercados ilícitos envolvem produtos proibidos, a venda irregular de commodities, de mercadorias roubadas e, ainda, a venda sem pagar os impostos de consumo local. A irregularidade também alcança o e-commerce devido ao avanço no acesso à tecnologia.

Haroldo Silva, diretor de Relações Institucionais do Sinditêxtil-SP, participou do painel sobre o contrabando no Estado. Segundo ele, as redes sociais fazem com que a população acredite que o comércio de contrabando apesar de ilícito, não é prejudicial, naturalizando a prática como um todo. ‘’Dá a impressão, olhando para a sociedade, para o TikTok, para o Facebook, para as outras mídias, que é alguma coisa leve, que não tem estrago e que tá ali alguém que simplesmente está defendendo seu ganha pão, fazendo uma publicidade de alguma coisa que é ilícita’’. Haroldo Silva também abordou que é necessário que a população perceba como a venda ilegal de produtos é um crime como qualquer outro. ‘’A gente precisa fazer com que todos percebam que não tem crime de menor importância, ele pode ter uma pena até menor, mas o estrago é gigantesco “, complementou.

No setor têxtil, 46% dos problemas resultam na apreensão de quase R$ 2 bilhões de reais.

Em relação ao roubo de cargas, o segmento têxtil corresponde em média, 2% do que é roubado no estado. Porém, esse número vem diminuindo. Há alguns anos, a porcentagem era o dobro. Haroldo Silva reforça o trabalho do Sinditêxtil-SP junto à Secretaria de Segurança, ajudando na melhora da estatística da criminalidade em São Paulo.

Valores do mercado ilícito em 2022
Vestuário
● Gera, no mínimo, R$ 1,9 bilhão, representando 11,19% do setor.
● 99,63% de taxa de transnacionalidade.
● R$ 860 milhões/ano deixaram de ser gerados em renda, o que equivale a
491.589 empregos formais.
● 857 milhões perdidos em impostos custeariam 36.512 agentes da Polícia
Rodoviária Federal ou 256 hospitais.
● Contrafação e descaminho. Alta lucratividade, falsificação de grifes. Risco à
saúde, prejuízo ao consumidor, exploração de mão-de-obra

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