RMC registra saldo positivo de 3,4 mil novos empregos em novembro

Os setores de comércio e serviços puxaram a alta de empregos na Região Metropolitana de Campinas (RMC) em novembro, quando foram criadas 3.424 novas vagas com carteira de trabalho assinada, saldo verificado considerando as admissões e as demissões de todo o mês. Juntos, os dois setores criaram 3.746 postos, com o setor de agropecuária também tendo obtido resultado positivo, com 134 contratados. Porém, o saldo do mês é menor do que os 3,7 mil postos criados por comércio e serviços em virtudes das demissões terem superado as contratações na construção civil, com o fechamento de 265 vagas, e indústria, com 191 a menos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Dos 11 primeiros meses de 2023, a RMC registrou saldo positivo na criação de emprego em 10. O único mês com resultado negativo foi julho, quando 788 vagas foram fechadas. Em novembro, a contratação de temporários pelo comércio para as vendas de final de ano foi o principal motivo que contribuiu para a alta. Apenas esse setor respondeu pela geração de 2.112 postos, o equivalente a três em cada cinco vagas criadas.

“São empregos temporários em sua maioria, mas coerente com padrões de funcionamento do mercado de trabalho”, afirmou a economista Eliane Navarro Rosandiski, pesquisadora do Observatório PUC-Campinas. “É de se esperar que parte desses contratos não sejam efetivados, mas representam uma entrada de renda para essas pessoas”, completou ela, que é professora da PUC-Campinas.

INVESTIMENTOS

Além do fator sazonal, o resultado regional positivo do comércio também foi influenciado pela inauguração de três novas filiais de redes de atacarejos em Campinas entre novembro e início de dezembro. Juntas, elas representaram a geração de cerca de 600 empregos diretos e indiretos. A ocupação dessas vagas se diluiu entre o bimestre de outubro e novembro.

“Campinas sempre esteve entre os objetivos da empresa. É uma das cidades mais importantes do país, um grande polo logístico e industrial”, disse Gustavo Muffato, diretor do grupo que inaugurou uma loja no começo do mês passado no Jardim das Bandeiras. Com quase 50 anos de mercado, que serão completados em 2024, a empresa tem 80 filiais nos estados de São Paulo e Paraná, onde surgiu, empregando cerca de 19 mil funcionários.

No começo do ano passado, o grupo comprou 16 lojas e 11 postos de combustíveis de uma outra rede, visando principalmente a expansão dos negócios em território paulista. “Nós abrimos 20 novas lojas em 2023 e seguimos com o ritmo de expansão em 2024”, revelou Gustavo Muffato.

Outra rede de atacarejo investiu R$ 120 milhões na inauguração simultânea de duas filiais em Campinas, uma no Parque Universitário e outra no Parque Imperador, com área de venda de 5.615 metros quadrados cada. A empresa começou a operar nesse segmento em 2004. O grupo, que também atua no setor supermercadista, tem 41 unidades no Estado de São Paulo e no Sul do Rio de Janeiro.

Em novembro, Campinas registrou a criação de 1.328 empregos, o que representou 38,78% do total da Região Metropolitana. Três setores apresentarem resultado positivo em novembro na cidade, comércio (950 vagas), serviços (314) e construção civil (86). Já a indústria e a agropecuária ficaram praticamente estáveis, com o fechamento, respectivamente, de três e 19 postos de trabalho.

Fonte: Investe SP

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