Sinditêxtil-SP e Abit prestigiam inauguração da fábrica de vacinas em SP

Os presidentes da Abit, Fernando Pimentel, e do Sinditêxtil-SP, Luiz Arthur Pacheco, prestigiaram hoje a solenidade de inauguração da fábrica de vacinas do Instituto Butantan, na capital paulista. Daniel Mehler, vice-presidente do Sindicato, também marcou presença representando as empresas do setor têxtil e de confecção que, a pedido das duas entidades, contribuíram com doações para a realização do projeto (parceria público-privada com o governo estadual). Confira os detalhes no vídeo abaixo:

Assista também ao vídeo institucional:

 

O Centro de Produção Multipropósito de Vacinas do Butantan (CPMV) vai colocar o Brasil em um novo patamar internacional no desenvolvimento de imunobiológicos, contribuindo para tornar o país autossuficiente e preparado para combater outras pandemias que surgirem. Isso porque a nova fábrica de imunizantes do Instituto é uma das mais inovadoras e modernas do Brasil, sendo alinhada aos conceitos da Indústria 4.0 e totalmente automatizada, com capacidade de produção em cinco diferentes plataformas vacinais e certificação Nível de Biossegurança 3, um dos mais altos do setor farmacêutico.

Com todos esses elementos unidos em uma mesma instalação, o Butantan passa a ter a capacidade de atender rapidamente às demandas de saúde pública do Brasil. “É um salto na frente, de uma autonomia que o Butantan vai dar para o Brasil de produzir IFA [Insumo Farmacêutico Ativo] em escala industrial”, resume o gerente de desenvolvimento industrial do Butantan, Adriano Ferreira. “O CMPV nos dá a garantia que conseguiremos reagir a qualquer pandemia muito mais rápido do que antes”, concluiu o diretor de infraestrutura, Rafael Lubianca.

Inicialmente, entre as vacinas que poderão ser fabricadas no CPMV estão as da raiva, da hepatite A, da zika e contra o SARS-CoV-2. A capacidade instalada de produção da nova planta é de 100 milhões de doses por ano, sendo que a área construída é de 11 mil m².

Projeto – A ideia de construir uma fábrica de vacinas que fosse multipropósito, ou seja, que pudesse ser adaptada para a produção de diferentes imunizantes em um curto espaço de tempo, é antiga no Butantan. A pandemia de Covid-19 acelerou a concretização do plano. Era preciso construir rapidamente uma fábrica que pudesse responder às necessidades daquele momento e dois processos foram fundamentais para o sucesso da iniciativa.

O primeiro deles foi buscar doações junto a empresários e pessoas físicas e, com o apoio do governo do estado de São Paulo, estabelecer uma parceria público-privada. Com esse objetivo, a organização Comunitas ficou responsável por coletar as contribuições financeiras e transformá-las em insumos e serviços para a construção da fábrica. Foram 75 empresas e pessoas físicas que, juntas, doaram R$ 189 milhões.

Outra estratégia foi construir a fábrica no modelo de turn key. Por meio dele, todas as etapas de projeto, execução, instalação de equipamento e qualificação foram terceirizadas. Além disso, para dar mais agilidade, todas as etapas aconteceram em paralelo, com diferentes empresas de engenharia trabalhando ao mesmo tempo em tarefas distintas com um objetivo comum.

O CPMV começou a tomar forma em abril de 2020, com as discussões sobre o conceito da fábrica. A obra em si foi iniciada em novembro de 2020. Em dezembro de 2021, começou a etapa de instalação dos equipamentos, que vai até julho de 2022. Depois disso, começa a fase de certificação, qualificação e automação, que deve ser concluída em fevereiro de 2023.

Veja o vídeo com imagens do interior da fábrica e dos equipamentos:

 

Tecnologia – Confira os detalhes dos conceitos que nortearam a construção do CPMV.

Com informações e fotos do Instituto Butantan

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